Nunca houve tantos idosos no mundo e nós precisaremos avaliar mais de perto como os países reagem aos desafios e às oportunidades que surgem com o envelhecimento.
A vida passa logo, e nós desaparecemos. O avanço da medicina nas últimas décadas promoveu uma melhoria muito significativa na qualidade de vida das pessoas. Com a descoberta de tratamentos e curas para diversas doenças e a promoção de maiores cuidados à saúde, a expectativa de vida aumentou bastante e, hoje, temos cada vez mais idosos na nossa sociedade.
Muitas pessoas idosas ficam perturbadas com a idéia de se esquecer das coisas. Medo de estar perdendo o controle do que um antigo poeta chamou de “a tigela de ouro” — o precioso cérebro com suas valiosas lembranças.
Muitos pensam que os idosos são mais propensos a acidentes, têm mais dificuldade de aprender e que definham rapidamente. Será que esses conceitos correspondem à realidade?
Pessoas de todas as idades se esquecem das coisas, e as alterações nas funções mentais que podem acontecer a uma pessoa idosa geralmente não estão relacionados com a demência. Embora alguma perda de memória seja comum na terceira idade, “a maioria das pessoas idosas leva a vida com pleno controle de sua capacidade mental.
É verdade que os mais jovens são mais rápidos em lembrar fatos específicos. Mas “se você desconsiderar o fator tempo, os idosos geralmente se lembram das coisas tão bem quanto os mais novos. Com educação e treinamento adequados, os idosos que têm um cérebro saudável continuam a aprender, a se lembrar das coisas e até mesmo a melhorar habilidades específicas.
Existem problemas de saúde relacionados à terceira idade que dificultam a memória ou provocam confusão mental incomum e repentina, mas podem ser tratados. Esses transtornos são muitas vezes chamados erroneamente de “velhice” ou “senilidade” — às vezes até mesmo por profissionais mal informados. Isso não só humilha os pacientes mais idosos como também pode impedi-los de obter tratamento médico adequado.
As causas da confusão mental incomum e repentina podem ser desnutrição, desidratação, anemia, lesões na cabeça, problemas de tireóide, deficiência vitamínica, efeitos colaterais de medicamentos ou até mesmo uma perturbadora mudança de ambiente. O estresse prolongado causa problemas de memória e as infecções são conhecidas por provocar um estado mental confuso em pessoas de idade.
Para muitos idosos, não é fácil lidar com as mudanças que acontecem nessa fase da vida. A saída do trabalho, o menor vigor físico, o raciocínio mais lento ou confuso, todas essas podem ser vivências que causam sofrimento para as pessoas, aumentando as chances de desenvolverem a depressão.
A depressão também pode causar perda de memória e confusão mental nos pacientes idosos. Assim, “o aparecimento repentino de um estado de confusão mental”, adverte o Dr. Levy, “nunca deve ser ignorado ou desconsiderado como se fosse senilidade irreversível”. Um exame médico completo pode ajudar a determinar a causa dos sintomas.
O uso de psicoterapia no tratamento de idosos tem objetivos amplos, como aumento da adesao ao tratamento, reduçao dos sintomas, elaboraçao de trabalho de luto relacionado às perdas decorrentes das modificaçoes nos papéis sociais e familiares e melhora da qualidade de vida dos pacientes e familiares.