ECT – Tratamento por Choques

A terapia eletroconvulsiva (ECT) é um procedimento feito sob anestesia geral, no qual pequenas correntes elétricas passam pelo cérebro, desencadeando intencionalmente uma breve convulsão. A ECT (eletroconvulsoterapia) promove disparos rítmicos cerebrais autolimitados. Com isso, ocorre um equilíbrio nos neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e manter o bem-estar. 

Talvez a mais controversial de todas as terapias seja o tratamento por choques. Os médicos, contudo, não raro se referem a ele pelo nome que soa mais brando: Eletroconvulsoterapia, ou ECT.  

A ECT geralmente funciona quando outros tratamentos não são bem-sucedidos e quando o tratamento completo é concluído, mas pode não funcionar para todos. Calculadamente cem mil pacientes são a cada ano submetidos à ECT, apenas nos Estados Unidos. 

A ECT sofreu grandes modificações, de modo que não é o procedimento tão repulsivo como a maioria das pessoas imagina que seja. Quando corretamente ministrada, o paciente não sente nada. Ele é anestesiado e recebe um relaxante muscular (para protegê-lo de danos ao esqueleto). Colocam-se eletrodos em sua cabeça, e pequenas doses de eletricidade atravessam-lhe o cérebro, provocando breve espasmo.

Quanto a terapia eletroconvulsiva é indicada?

A terapia eletroconvulsiva (ECT) pode proporcionar melhorias rápidas e significativas nos sintomas graves de várias condições de saúde mental. Assim, a ECT é usada para tratar: Depressão grave, Depressão (resistente ao tratamento), Transtorno bipolar (Mania grave, um estado de intensa euforia, agitação ou hiperatividade), Catatonia e Agitação e agressão.

 Riscos da terapia eletroconvulsiva:

Confusão, Perda de memória,Efeitos colaterais físicos (náusea, dor de cabeça, dor no maxilar ou dor muscular).

Resultados:

John Bonnage, porta-voz da Associação Americana de Psiquiatria (sigla APA) refere-se ao estudo realizado por uma força-tarefa da APA que concluiu que a ECT era “um dos modos mais eficazes de tratar a depressão”. “A ECT raramente é empregada agora no tratamento da esquizofrenia, porém, a menos que seja acompanhada de depressão profunda.”

Muitas pessoas começam a notar uma melhora em seus sintomas após cerca de seis tratamentos com eletroconvulsoterapia. A melhoria total pode levar mais tempo, embora a terapia eletroconvulsiva possa não funcionar para todos. A resposta aos medicamentos antidepressivos, em comparação, pode levar várias semanas ou mais.

Mesmo depois de os sintomas melhorarem, você ainda precisará de tratamento contínuo contra a depressão para evitar uma recorrência. ECT não faz milagres. O tratamento em curso pode ser ECT com menos frequência, mas mais frequentemente inclui antidepressivos ou outros medicamentos, ou aconselhamento psicológico (psicoterapia).

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