Esquizofrenia — A Face Mais Obscura da Doença Mental

 A TRAGÉDIA da doença mental assume muitas formas. Entre as formas mais graves e amplas de afecções mentais acha-se a esquizofrenia. 

Esquizofrenia, uma doença que, com o tempo, afligirá pelo menos uma de cada 100 pessoas. Mais de cem mil novos casos por ano são diagnosticados apenas nos Estados Unidos. Cerca de três de cada cem pessoas serão atingidas por algum grau de esquizofrenia em algum tempo de sua vida, primariamente entre os dezesseis e os trinta anos.

É chamada de “uma das mais dilaceradoras e incapacitantes dentre as aflições da humanidade” e “uma das mais estarrecedoras das experiências humanas”.

O esquizofrênico não apresenta uma personalidade dividida, no sentido de uma personalidade dupla ou múltipla (um distúrbio diferente e raro), e sim uma personalidade danificada. 

A esquizofrenia produz ampla gama de sintomas bizarros: alucinações, vozes interiores, modo de pensar desordenado, temores irracionais, e emoções que parecem destoar com a realidade. O cérebro dos pacientes esquizofrênicos com freqüência apresenta anormalidades.

Pessoas e objetos talvez assumam aparências estranhas; a comida talvez tenha sabor peculiar; cheiros talvez se tornem repulsivos; sons talvez se tornem quer insuportavelmente altos, quer escassamente audíveis. Internamente, a pessoa talvez sofra depressão, tensão e fadiga.

Nas doenças psiquiátricas, uma experiência psicológica pode, com freqüência, ser identificada como o fator precipitante, numa pessoa vulnerável.”  

 Drs. Wender e Klein: “Nosso conceito geral é de que os fatores genéticos podem tornar um indivíduo vulnerável a certas formas de experiência psicológica.” Assim, ao passo que a esquizofrenia em si talvez não seja hereditária, a predisposição a ela bem que pode ser.

O Dr. E. Fuller Torrey afirma: “A esquizofrenia é uma doença cerebral, agora reconhecida definitivamente como tal. Trata-se de uma entidade científica e biológica real, tão patente como o diabetes, a esclerose múltipla e o câncer são entidades científicas e biológicas.”

Em geral, os que sofrem qualquer forma de esquizofrenia são mais perigosos para si mesmos do que para outros. No entanto, deve ser observado que, na maior parte de sua vida, o esquizofrênico mediano não é realmente insano. Assim, os esquizofrênicos têm realizado e podem realizar notáveis consecuções.

A doença mental perdeu assim sua aura de mistério — e seu estigma. A possibilidade de tratá-la tornou-se uma realidade tangível.

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