O Autismo não tem “cara”, forma física, sinais na pele ou no rosto da criança e não aparece em exames de imagem ou de sangue. Somente com a ajuda de profissionais capacitados para atender pessoas com TEA, podemos ter um diagnostico.
A pediatra nas consultas de rotina por sinais de atraso no desenvolvimento da criança. Os professores, pois a convivência diária na escola permite observar de perto o desenvolvimento das crianças e notar se há traços fora do comportamento típico esperado.
O Psicólogo, que vai identificar os sintomas e fazer uma avaliação inicial com base em observação, entrevistas e análise de histórico. O diagnóstico final, no entanto, precisa ser validado por um psiquiatra ou um neurologista.
O diagnóstico de transtornos do espectro autista no Brasil em geral é feito tardiamente. O diagnóstico de TEA é feito por uma avaliação clínica baseada nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition – DSM-5).
Devemos começar com uma anamnese feita através da entrevista detalhada com os pais/cuidadores, incluindo histórico e observação de comportamentos característicos, de preferência usando abordagens padronizadas.
Independentemente da idade, uma criança deve ter uma avaliação padronizada das habilidades psicoeducacionais, adaptativas e de linguagem, incluindo linguagem pragmática ou social.
A confirmação costuma acontecer quando criança possui as características principais do autismo: deficiências sociais, dificuldades de comunicação, interesses restritos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos (também chamados de estereotipias).
Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona se expressa e se comporta.
Em relação ao tratamento, também não há um modelo padrão, pois cada pessoa necessita de um acompanhamento individual com profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
As terapias são combinadas com medicamentos, especialmente quando há comorbidades associadas. Crianças convenientemente tratadas podem desenvolver habilidades fundamentais para sua reabilitação.
O treinamento com os pais é o grande desafio. O contexto familiar é fundamental no aprendizado de habilidades sociais e o trabalho com os pais traz grandes benefícios no reforço de comportamentos adequados.
Também é comum que os profissionais que tratam a criança indiquem acompanhamento psicológico para a família, devido ao desgaste emocional que o distúrbio pode provocar.
É muito popular a adoção da abordagem terapêutica Terapia Cognitivo-Comportamental.