Autismo é uma disfunção do cérebro, em que o comportamento social, a capacidade de comunicação e a faculdade de raciocínio não se desenvolvem normalmente. É definido como “estado mental assinalado por devaneios e fantasia, com a perda de interesse na realidade externa”. Semelhantemente, prevalece muito mais entre os garotos do que entre as meninas, com efeito, quatro vezes mais.
O maior desafio que o autismo enfrenta adaptação nas atividades do dia a dia das pessoas com TEA (Transtorno do espectro autista) como melhorar a comunicação para ajudar na rotina através de métodos e técnicas adequadas, adaptação curricular nas escolas.
Afeta a assimilação sensorial, provocando nos autistas uma super-reação a certas sensações (vistas, sons, odores, e assim por diante) e uma sub-reação a outras. Os danos do autismo produzem uma gama de traços de comportamento incomuns. Os sintomas, que em geral aparecem antes dos três anos, podem variar muito de uma criança para outra.
O termo “autismo”, da palavra grega autós, com o sentido de “por si próprio”, refere-se a essa qualidade de ficar absorto em si mesmo.
Imagine tentar dar amor a seu belo filhinho e não obter reação alguma. Isto acontece muitas vezes com crianças autistas. Em vez de relacionar-se com outros, a maioria das crianças autistas prefere ficar a sós. Talvez não gostem de afago, evitem o contato visual e usem as pessoas como se fossem ferramentas — não se dando conta dos sentimentos dos outros.
Habilidades especiais
Há crianças autistas que exibem habilidades especiais, tais como uma memória extraordinária para detalhes e trivialidades. Algumas têm avançada aptidão para música, podendo executar complexos trechos musicais mesmo sem saber ler música. Outras podem dizer-lhe instantaneamente o dia da semana que corresponde a qualquer data passada ou futura. Ainda outras são especialmente dotadas em matemática.
Obter o tratamento apropriado para uma criança autista pode ser uma luta. Ao tentar obter a necessária assistência para seu filho, muitos pais fazem repetidas incursões ao desconhecido mundo de médicos, educadores e entidades sociais.
As crianças autistas não assimilam prontamente as informações do meio em que vivem. Ensinar-lhes as habilidades básicas necessárias no lar ou na comunidade é um desafiador e lento processo passo a passo. A rotina diária pode manter o pai ou a mãe passando rapidamente de uma tarefa para outra: ajudar no vestir, na alimentação, na higiene pessoal, a corrigir comportamentos rebeldes ou impróprios e limpar ou ajeitar as coisas depois de acidentes.
À medida que as crianças crescem, algumas dessas demandas diminuem, ao passo que outras talvez se intensifiquem. Mesmo quando há progresso, quase todas as que têm autismo continuam a exigir certo grau de supervisão pelo resto da vida.
A maioria das crianças autistas, sua aparência é normal, mas, por causa de seu comportamento, as pessoas olham, riem e fazem comentários. Por causa dessas dificuldades, o principal guardião da criança (em geral a mãe) pode facilmente se isolar.
No livro Children With Autism (Crianças com Autismo), Michael D. Powers escreve: “A coisa mais importante para uma criança com autismo . . . é que os membros de sua família permaneçam juntos.” Isto é um formidável desafio. As dificuldades de criar uma criança com autismo se somam a um inimaginável trauma emocional.
O livro After the Tears (Depois das Lágrimas), de Robin Simons, apresenta as seguintes três sugestões à base de experiências de casais assim. Primeiro encontrem uma maneira de “avaliar até mesmo os mais dolorosos sentimentos e de partilhá-los”. Segundo, reexamine os papéis de cada um na família e o funcionamento desta, fazendo ajustes para que a carga de trabalho seja razoavelmente distribuída. Terceiro, programem ocasiões regulares para fazer coisas juntos, apenas o casal.
Um fator importante é a identificação precoce, que leve ao tratamento apropriado. Os empenhos podem então ser dirigidos a canais produtivos. A família não se esgotará desnecessariamente se houver boa comunicação e uso equilibrado de recursos.
Saber o que é autismo bem como aceitar indivíduos com autismo na comunidade evita que de maneira impensada se aumente a carga dessas famílias. Assim, cada um de nós pode fazer a sua parte em enfrentar os desafios do autismo. O melhor que se pode fazer por uma família com criança autista é continuar sendo amigo da família.