Seu filho corre risco!

O panfleto do FBI Child Molesters: A Behavioral Analysis (Molestadores de Crianças: Uma Análise Comportamental) diz sob o tópico “A vítima ideal”: “Para a maioria das crianças o sexo é um assunto tabu sobre o qual recebem poucas informações exatas, especialmente não de seus pais.” Não permita que seus filhos sejam as “vítimas ideais”. Eduque-os a respeito de sexo. Por exemplo, nenhuma criança deveria atingir a puberdade sem saber das mudanças pelas quais o corpo passará durante esse período. A ignorância as deixará confusas envergonhadas — e vulneráveis.

Como podemos proteger os nossos filhos?

“Você não quer ser mais meu amigo especial?” “Não conte para ninguém. Este será o nosso segredo.” “Se você contar, seus pais o odiarão. Eles saberão que a culpa foi sua.” “Eu matarei seus pais se você contar.”

Ataques contra crianças não raro são mantidos em segredo, tanto assim que têm sido chamados de talvez o crime menos denunciado. Estudos mostram que a negação acompanhada da supressão emocional pode ser a menos eficaz maneira de lidar com o trauma do abuso.

DEPOIS de usarem crianças para satisfazer paixões pervertidas, depois de lhes roubar a segurança e o senso de inocência, os molestadores de crianças ainda querem algo mais de suas vítimas — O SILÊNCIO. Para garantir esse silêncio, usam a vergonha, o segredo, e até mesmo o franco terror. Rouba-se assim das crianças a sua melhor arma contra o abuso — a vontade de contar, de falar e pedir a proteção de um adulto.

Ignorância, desinformação e silêncio protegem os abusadores, não as suas vítimas. O abuso sexual de crianças não é novo nem raro; é um persistente problema que hoje é epidêmico. Seu impacto pode ser devastador.

A revista Time, falando sobre a generalizada praga do incesto, também mencionou uma “conspiração do silêncio” como fator que “apenas ajuda a perpetuar a tragédia” nas famílias.

Os especialistas concordam que a melhor defesa contra o abuso de crianças é a conscientização pública. Para proteger seus filhos, os pais têm de saber das realidades da ameaça. Não fique na ignorância causada por conceitos errôneos que protegem os que abusam de crianças e não as crianças.

Eduque seu filho!

Em The Safe Child Book (O Livro da Criança Segura), Sherryll Kraizer observa que ao passo que as crianças devem sentir-se livres para ignorar, gritar, ou fugir de um abusador, muitas crianças que sofreram abusos explicam mais tarde que não desejavam parecer rudes. Assim, as crianças precisam saber que alguns adultos deveras fazem coisas ruins e que nem mesmo uma criança precisa obedecer a qualquer pessoa que lhe diga que deve fazer algo errado.

DICAS

Um amplamente recomendado instrumento de ensino é o jogo do “Que dizer se . . . ?”. Você poderá, por exemplo, perguntar: “Que dizer se seu professor lhe mandar bater em outra criança? O que você faria?” Ou: “Que dizer se (mamãe, papai, um clérigo, um policial) lhe dissesse que devia atirar-se do alto de um edifício?” A resposta da criança poderá ser inadequada ou simplesmente errada, mas não se apresse a corrigir. O jogo não precisa incluir táticas de choque ou de amedrontamento; de fato, especialistas recomendam que seja jogado de maneira gentil, amorosa, até mesmo divertida.

A seguir, ensine às crianças a repelir demonstrações de afeto impróprias ou que as deixem constrangidas. Pergunte, por exemplo: “Que dizer se um amigo do papai ou da mamãe quiser beijá-lo(a) de uma maneira que faria você se sentir esquisito(a)?” * Muitas vezes é melhor incentivar a criança a encenar o que ela faria, fazendo disso um jogo de “faz de conta”.

Ensine as crianças a usar palavras e uma clara e firme linguagem corporal para resistir aos avanços impróprios.

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