Três ‘des’: desfortuna, desamparo e desesperança

“VIVER é sofrer”, escreveu Ryunosuke Akutagawa, escritor popular japonês no início do século 20, pouco antes de se suicidar. Mas ele prefaciou a declaração com as palavras: “É claro que não quero morrer, contudo . . . ”

Os fatos mostram que crescente número de pessoas julga-se incapaz de enfrentar a vida. Mundialmente, o índice de suicídios atingiu proporções alarmantes. 

Está envolvido tanto o rico como o pobre — e os números continuam a aumentar.  Para o suicida em potencial, parece que uma coisa atrás da outra sai errada. Sente-se incapaz de enfrentar o presente e não vê no futuro nada de bom que possa mudar as coisas.

Especialistas afirmam que, na maioria dos casos, as pessoas que tentam o suicídio não querem pôr um fim à sua vida; na verdade, elas querem pôr um fim ao seu sofrimento. “Se ver livres da situação que os faz sofrer”. Elas acham que têm uma razão para morrer, mas o que precisam é de uma razão para viver.

Embora as razões que levam uma pessoa a se suicidar variem, existem certas circunstâncias na vida que podem contribuir para a tragédia.O que leva a pessoa a mergulhar a tais profundezas do desespero? São várias as razões:

– A desesperança quanto ao futuro é apontada como uma das razões principais.

– A insegurança na vida familiar

– A extrema pobreza leva alguns ao ponto do desespero.

– Uma doença crônica, dolorosa.

– Depressão,

– Desemprego.

– A solidão.

–  Desvalorização da vida

Devemos ficar atendos *sinais alertadores*: ameaças de suicídio; isolar-se dos outros; mudanças abruptas no comportamento, tais como alguém expansivo tornar-se retraído; desfazer-se de “objetos de estimação”; depressão severa. 

Até mesmo a insônia, a perda do apetite e o declínio na atenção às tarefas escolares, quando tais mudanças são súbitas, prolongadas e não típicas da pessoa, não deveriam ser despercebidas. 

Os especialistas recomendam  remover tudo o que a pessoa poderia usar para se matar — principalmente armas de fogo. Se a situação parecer grave, talvez seja bom incentivar a pessoa a procurar ajuda médica. Em casos extremos, porém, talvez você mesmo tenha de providenciar a assistência de algum tipo de serviço de emergência médica.

O suicídio é um grave problema de saúde pública.

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