Mentir é o ato intencional e deliberado de fazer uma declaração falsa. A mitomania, também conhecida como mentira patológica e pseudologia fantástica, é a tendência duradoura e incontrolável para a mentira.
O mitômano é aquela pessoa que mente compulsivamente, sejam pequenas mentiras “inofensivas” até histórias mirabolantes extremamente detalhadas. É o exagero consciente da mentira. As mentiras parecem ingênuas. Outras causam constrangimento e até confusão e muita preocupação.
Um dos exemplos brasileiros mais famosos de mitomaníaco é Marcelo Nascimento da Rocha, autor do livro “VIPs – Histórias Reais de um Mentiroso”, que se passou por filho do dono da companhia aérea GOL. (dica de livro)
O mentiroso compulsivo não mente para obter algum tipo de vantagem, como uma posição social melhor ou a ausência a algum compromisso, a pessoa mente simplesmente porque não consegue parar, não consegue controlar.
A mentira compulsiva está relacionada a quadros de doenças psiquiátricas e psicológicas, como transtornos de personalidade antissocial, bipolaridade e sociopatia, fatores ambientais associados podem provocar o problema: histórico de vida, relacionamentos, padrão de relação parental, genética e experiências. Acredita-se que a baixa autoestima, necessidade de apreço ou atenção e a tentativa de se proteger de situações constrangedoras marquem o início da mitomania.
O grande problema é que a mitomania não vai afetar somente o paciente. As consequências se estendem para relacionamentos familiares, amorosos e de amizade. Perde-se a confiança e o mitômano acaba até mesmo por ser afastado de todo o seu círculo social.
Algumas características chamam a atenção na mitomania:
• As histórias contadas não são inteiramente improváveis e contêm referências à realidade.
• As aventuras imaginárias se manifestam em várias circunstâncias e de uma maneira crônica.
• O tema das aventuras é variado, mas o mentiroso acaba sempre se pintando como herói.
• As histórias não são usadas para obter vantagem ou recompensa.
Muito se fala sobre como os sociopatas mentem inescrupulosamente, mas há diferenças entre eles e os mitômanos. “O sociopata pode mentir bastante e entende-se que ele vai fazê-lo sempre que precisar para alcançar o seu objetivo, já o mentiroso compulsivo mente por fatores psicológicos, por uma necessidade incontrolável e irrefreável de mentir, sem que haja um propósito nisso”.
A psicoterapia é um dos tratamentos mais indicados para a mitomania. No processo terapêutico, o mitomaníaco entra em contato com o desejo que não corresponde à realidade dele. Então, devagar, ele vai tomando consciência desse processo e analisando as quais experiências a compulsão pela mentira está relacionada. Mas a grande saída, segundo ele, é o autoconhecimento.